quinta-feira, 20 de junho de 2013

A mídia e o Poder Público

Vou soltar mais uma opinião: agora, sobre a mídia.
Por duas semanas de manifestações pacíficas, a mídia se recusou a mostrar a verdade sobre a violência da PM, a real quantidade de manifestantes nas ruas e os reais motivos das manifestações. Pérolas como "são apenas 0,20 centavos", "é típico dos jovens se manifestar", "isso é uma manifestação de adolescentes burgueses", "a PM está apenas fazendo o seu trabalho" e tantas outras que ouvimos, no intuito de manipular a opinião pública contra um "movimento infantil, burguês e sem sentido".

Eis que, então, as redes sociais deram o seu grito de alforria, revolucionaram em tantas e tantas publicações, que conseguiram nos fazer notar pela mídia estrangeira. O grito era "não é a verdade, o que a mídia mostra!"

O protesto virou briga de cachorro grande. De um lado o governo dizendo que eram manifestações pequenas e burguesas, de outro, uma massa tanto nas ruas, quanto na internet, revoltada, principalmente, com o abuso do poder de fogo. Os pensadores saíram da toca. Toda a ira com o poder público, nos fez lembrar de 500 anos de escravidão, exploração e corrupção. As manifestações tomaram um rumo muito mais poderoso: A luta contra tudo o que está errado no nosso país, ou seja, a luta por tudo!

A revolta tomou proporções de ódio da população pela mídia, de expulsão de repórteres das manifestações. E o governo, ainda quieto, esperando a poeira baixar ou o povo fazer alguma besteira, até se atrapalhar e dissipar o movimento.

O que as pessoas sabem sobre Maquiavel, é que os fins justificam os meios. O que o povo não sabe, é que ele foi um dos maiores estrategistas da nossa história. Mas a mídia e o governo sabem disso. Sabem, também, que a melhor forma de manipular o povo e de conseguir ganhar uma discussão, é ter em mãos, o controle da opinião pública.

Vejam, por exemplo, o caso Collor: Ele foi eleito pelo controle da opinião pública e foi retirado do poder da mesma forma. Quem manda, é o povo! O governo sabe disso e nunca vai parar de manipular as pessoas para obter esse controle. Temos vários casos: goleiro Bruno, casal Nardoni, Daniela Perez, etc... Todos com uma condenação rápida na justiça, por quê? Por causa da opinião pública, da revolta da população. Não é à toa que um dos pilares da nossa justiça, é o tribunal de júri. 

Mas então o povo descontrolou, como era esperado pelo governo e pela mídia. Marginais depredando patrimônio público e saqueando lojas. Agora fechou-se o cerco. A mídia e o governo estão com a faca e o queijo na mão. O discurso mudou. A televisão, enfim, mostra os protestos, com as mesmas palavras do governo: "Somos à favor do direito de reunião, contanto que seja pacífica".

Para um bom estrategista, isso basta para compreender a dinâmica do que está ocorrendo e do que está para acontecer. No momento em que a mídia mostra o que ocorre, o povo deixa de estar contra ela. Não se enganem, o povo manifestou contra a Globo, mas continua assistindo ao telejornal e à novela. E esse discurso agora, está na cabeça de todos os brasileiros: "apoiamos as manifestações, não apoiamos o vandalismo".

Ora, mas não somos mesmo a favor do vandalismo!

É claro que não, porém, existe hora para tudo, inclusive para a violência. Essa é uma carta na manga que o povo sempre terá. No Brasil, temos um policial para cada 400 pessoas, imaginem se todos fossem às ruas? Instauraríamos o sistema que quiséssemos, poderíamos tirar quem quiséssemos do poder. A revolução francesa foi assim. O povo, diga-se de passagem, jovens burgueses, reclamou e reclamou e, após não ser ouvido, aí sim, partiram para a guerra que terminou com rei e rainha decapitados...

Qual é a intenção da mídia? Tirar esse poder de guerra da população contra o governo, caso as demandas não sejam atendidas. Simples assim. É o mesmo que o governo está fazendo. Quem cai no jogo de repetir o discurso, mais uma vez, se deixa aprisionar. Quem cai no jogo de vandalizar antes que uma guerra seja declarada, se deixa aprisionar.

É preciso ficarmos atentos a tudo o que se lê, a tudo o que se ouve e a tudo o que se vê. Partidos estão infiltrados nas manifestações, a direita está se aproveitando do momento para tentar um impeachment, a esquerda está falando que foi tudo comprado pela direita, mas onde estão os governantes com as respostas que queremos ouvir?

No governo, congressistas se apressam em votações simbólicas para causar revolta e distrair o foco da população. “Feliciano aprova lei da cura gay”. Informem-se, essas votações são simbólicas! São distração.

Distrações... Essas conhecemos bem na nossa pátria amada. Futebol, samba, religião. Tudo tem sua hora e seu minuto de fama quando algum corrupto está sendo julgado ou quando algum escândalo está sendo descortinado.

Partidos? São todos iguais, não me venham com demagogia. Democratas, tucanos, seguidores de Sarney, petistas. Todos chegaram ao poder e todos roubaram. Quem será o próximo? Marina, uma evangélica no controle de um Estado laico? Aécio, um tucano que está sendo processado por roubo dos cofres públicos? Dilma, um fantoche da ditadura petista inspirada em Fidel Castro?

Todos falamos mal da má capacidade de escolha do povo nas eleições. Será má escolha mesmo, ou será que votamos em quem nos pareça menos horrível? Isso não é escolha! Escolher entre quem rouba muito e quem rouba pouco? O nosso processo democrático ainda não é democrático. Nenhuma das opções que temos, verdadeiramente nos representa.

Vejam bem, não se iludam, ninguém chega ao poder sem se vender. Lula foi um grande idealizador, sempre lutou pelo povo, sempre lutou contra a direita, mas para chegar a presidente, precisou receber patrocínio e, o nome velado do patrocínio é rabo preso!

Por que a Dilma, esquerdista, ex-militante, não aproveita o momento para aprovar leis que o povo pede há anos? Porque tem rabo preso! Agora é a hora, pessoal, de definir o que vai realmente resolver o problema.

Baixar passagens enquanto diminui impostos pagos pelas concessionárias de transporte, não resolve. Olha aí a desigualdade atacando novamente... Por um país de igualdade social, é necessário que os impostos aumentem de acordo com a quantidade de dinheiro que se tem. As concessionárias deveriam pagar mais impostos, os pequenos empresários, menos, os assalariados, menos ainda.

O que resolve o problema? Precisamos pensar em soluções e lutar por elas. Primeiro, luta-se pacificamente, faz-se pressão, aproveita-se o apoio internacional. A guerra fica guardada na manga para o momento em que não formos mais ouvidos.


E a mídia? Sempre pensem o contrário do que a mídia conta a vocês. Eles fazem parte do grupo de pessoas mais rico desse país, não querem que nada mude, não são a favor das manifestações e morrem de medo do poder de guerrear que tem um povo enfurecido!

terça-feira, 18 de junho de 2013

Reforma Política - por Rebeca Fidelis Horta

Eu, Rebeca Fidelis Horta, não sou filiada a nenhum partido político e não sigo nenhum tipo de organização. Não sou a favor do vandalismo nem da violência, mas sou a favor da luta pela Reforma Política e venho, através dessa, sugerir algumas das minhas ideias para as novas leis:

Os salários dos governantes e parlamentares deverão ser calculados de acordo com o salário mínimo vigente, para que o aumento do salário dos mesmos, seja proporcional ao do povo:
  • O presidente receberá 15 salários mínimos;
  • Os governadores receberão 10 salários mínimos;
  • Os prefeitos receberão 5 salários mínimos;
  • Os ministros receberão 10 salários mínimos e terão direito a 3 assessores selecionados por concurso público;
  • Os senadores e deputados federais receberão 7 salários mínimos e terão direito a 3 assessores selecionados por concurso público;
  • Os deputados estaduais receberão 4 salários mínimos e terão direito a 1 assessor selecionado por concurso público;
  • Os vereadores receberão 2 salários mínimos e não terão direito a assessores;

Os benefícios dos governantes e parlamentares, exceto o presidente, serão os mesmos oferecidos à população pela CLT, como passagem de ônibus, 13° salário, licença maternidade, etc. O 14° salário será abolido. Em caso de auxílios a moradia em Brasília, serão oferecidos apartamentos econômicos, estilo kitnet. Em caso de necessidade de transporte aéreo para Brasília, terão direito a uma passagem de ida e volta por semana, em classe econômica e com trecho definido apenas de Brasília para a cidade onde reside e vice-versa.

O presidente precisa de segurança e isso é uma questão de soberania do país, por isso, continuará sendo escoltado.

Os políticos que não comparecerem a mais de ¼ das reuniões mensais, serão julgados sob pena de exoneração do cargo. Todos os gastos deverão ser especificados no site do Ministério Público e, caso haja qualquer suspeita de improbidade, um inquérito deverá ser aberto pelo Ministério Público, sob pena de crime contra os cofres públicos, improbidade administrativa, etc. Deverá haver ressarcimento aos cofres públicos. Fica vetada a possibilidade de pagamento de multa ou de serviços comunitários. Político corrupto cumprirá pena de privação de liberdade.

Todo e qualquer político que tenha sido julgado culpado por desvio de qualquer que seja a quantia de dinheiro público, criação de empresas fantasmas, etc, ficará proibido de participar de qualquer eleição futura. O cadastro simplesmente não será aceito, da mesma forma que um servidor público, ao ser exonerado, não pode mais prestar concurso.

As novas leis sobre salários, benefícios, deveres e punições dos políticos, não poderão ser alteradas futuramente por meio de emendas, para prevenir que eles alterem o texto futuramente e, novamente, desrespeitem o povo.

A soberania das decisões judiciais caberá apenas ao Poder Judiciário, ficando vetada qualquer tipo de intervenção do executivo e do legislativo.

As CPIs servirão apenas como apuradoras de fatos, cabendo apenas ao judiciário, julgar as decisões.

Todo e qualquer abaixo-assinado, virtual ou não, com mais de 30.000 assinaturas, convocará, imediatamente, plebiscito ou referendo para voto popular opcional, ficando, nesse caso, a decisão nas mãos do povo. A decisão de qualquer plebiscito ou referendo, é soberana, não sendo permitido nem ao presidente da república, o poder de veto. Toda ocorrência de referendo ou plebiscito deverá ser noticiada pelas emissoras de rádio e tv e pelos jornais e revistas, para amplo acesso da população à informação de data, hora e explicação do que está em pauta na votação.

O sistema de voto deverá mudar: Hoje, se um candidato recebe muitos votos, eles ficam para o partido, que pode escolher o candidato que quiser para os cargos restantes, mesmo os que não receberam apoio popular algum. Com a reforma, cada voto será apenas do candidato que o recebeu. O voto é intransferível.

O voto passará a ser opcional.

Leis que promovem o preconceito, como a da “cura gay”, serão consideradas, automaticamente, inválidas.

Qualquer gasto público que não seja relativo a direitos fundamentais, deverá ser submetido a voto popular opcional. Os direitos fundamentais compreendem:
  • direitos pessoais (direito à vida, liberdade e segurança);
  • direitos do indivíduo em face da coletividade (direito à nacionalidade, asilo, livre circulação e residência, tanto no interior como no exterior e direito à propriedade);
  • liberdades e direitos públicos (liberdade de pensamento, consciência, religião, opinião, expressão, reunião e associação);
  • direitos econômicos e sociais (direito ao trabalho, sindicalização, repouso e educação).

O funcionário público que aceitar propina, deverá ser julgado em tribunal penal.

Ajudas a outros países, exemplo, Haiti, deverão ser consultadas com a população por meio de voto popular opcional.

De acordo com a Constituição, somos um Estado laico, ou seja, livre de influências religiosas. Portanto, membros de religiões como padres, pastores, bispos, etc, não poderão mais ocupar cargos do poder público, por se tratar de conflito de interesses. A liberdade de escolha de religião é individual e um cargo público não pode ser utilizado para a manipulação de ideias e crenças.

Deverá ser criada uma lei para os meios de comunicação, com investigação de notícias falsas ou incompletas, que beneficiem interesses privados ou partidários.

Deverá ser analisada a abertura de todos os mercados, de acordo com as leis de livre concorrência, por exemplo, para transporte e petróleo, o que fará com que as teorias econômicas de oferta e procura possibilitem serviços de qualidade e preços reduzidos à população.


Bom, essas são apenas algumas sugestões. Se eu pensar em mais alguma coisa, vou postando aqui. Algumas pessoas andaram criticando o movimento pela Reforma Política e dizendo que não sabemos nem o que queremos. Acho que já deu pra começar a tomar forma, não?

Por favor, LEIAM E COMPARTILHEM! O Brasil precisa de ideias e de cabeças pensantes!

Abraços a todos,

Rebeca Fidelis Horta.